domingo, 30 de outubro de 2011
sábado, 24 de setembro de 2011
ATO FALHO
Nada enxergava
Já que nada além
De sua imagem, existia
Na sua trajetória alheia a minha,
Apareci nas cenas
Quando não contracenávamos
...
Maris Figueiredo
Já que nada além
De sua imagem, existia
Na sua trajetória alheia a minha,
Apareci nas cenas
Quando não contracenávamos
...
Maris Figueiredo
domingo, 28 de agosto de 2011
sábado, 27 de agosto de 2011
Sem Palavras
Abriu o armário e
Guardou entre os livros,
As cartas, datas, versos
...
Às vezes, não cabem no coração as
Promessas esquecidas e o
"Nós" atados pelo destino
...
E num vaso
Depositou
As esperanças,
Pra que despertem junto às flores
MARIS FIGUEIREDO
sábado, 6 de agosto de 2011
NEVE
FAZ FRIO
E CHEGO A LUGARES
PERDIDOS
COMO SE BUSCASSE UMA
MEMÓRIA DISTANTE
CENA NOSTÁLGICA QUE GELA OS POROS
COLORINDO
DE AZUL ACINZENTADO
QUASE ESQUECIDO
UM TEMPLO GUARDADO
AQUECIDO DE SONHOS...
Maris Figueiredo
E CHEGO A LUGARES
PERDIDOS
COMO SE BUSCASSE UMA
MEMÓRIA DISTANTE
CENA NOSTÁLGICA QUE GELA OS POROS
COLORINDO
DE AZUL ACINZENTADO
QUASE ESQUECIDO
UM TEMPLO GUARDADO
AQUECIDO DE SONHOS...
Maris Figueiredo
sexta-feira, 29 de julho de 2011
TEUS
ÉS MÚSICA
TEU CORAÇÃO PULSA
TUAS VEIAS
VIBRAM COMO AS CORDAS
ÉS PERCUSSÃO CORPORAL
TE ESCUTO
AO ENCOSTAR MEU CORPO EM TEUS
BATUQUES
INDECIFRÁVEIS,
ATONAIS...
ÉS MÚSICA
DESCOMPASSADA PRA MIM,
SE PASSAS LONGE ALGUNS DIAS.
SE PROCURAS OUTRAS AUTORIAS
SE PASSEIAS POR ESCALAS
NAS QUAIS, NÃO TE ALCANÇO...
E SE ME DEIXAS AUSENTE DE
TEUS DISCURSOS SONOROS,
ME CALO, CHORO
DESENCANTADA
DE TEUS ENCANTOS
PASSO AS TARDES
PROCURANDO MELODIAS
LETRAS, HARMONIAS
QUE TE CANTAM...
MARIS FIGUEIREDO
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Afazeres
À luz que ilumina os dias em que me sinto nas sombras,
Ao vento e à brisa que refrescam os dias em que me sinto sufocada,
Às flores que conduzem a alma para o belo e, por consequência, para o bem, nos dias em que meu coração só percebe o que é tristeza e fenece...
Ao verde das matas, florestas e campos que perfumam de clorofila e purificam meu peito,
Agradeço!
Agradeço por quando posso
Respirar fundo e
Ouvir o bater de asas dos pássaros...
Escutar cantos, zunidos de insetos, pequenos sons...
A correnteza do rio, as folhas secas...
Contemplar montanhas,
O majestoso mar e
Seculares árvores...
Contemplar montanhas,
O majestoso mar e
Seculares árvores...
Sentir perfume das flores,
Dormir olhando para o céu feito manto de estrelas
Mostrando o quanto tudo é tão pequeno diante do infinito...
Dormir olhando para o céu feito manto de estrelas
Mostrando o quanto tudo é tão pequeno diante do infinito...
Da vida
Só quero esses afazeres:
Sentir
Suavizar
Ajudar
Libertar
Ouvir
Aprender
Purificar
Voar
Conduzir
Contemplar
Amar
Iluminar
Serenar
Emocionar
Seguir
Maris Figueiredo
Sentir
Suavizar
Ajudar
Libertar
Ouvir
Aprender
Purificar
Voar
Conduzir
Contemplar
Amar
Iluminar
Serenar
Emocionar
Seguir
Maris Figueiredo
terça-feira, 5 de julho de 2011
HERANÇA DA POESIA
Debruço-me sobre a janela
Observo ele, ela, eles, elas, nós
...
...
Passando para a lida
Sempre o mesmo cenário
Porém,
Quando essa rua
É minha, é nossa!
Eu sento
Na pedra do caminho
E converso com o poeta
Por horas:
Contando causo
Cantando rimas
Soltando verbos
Por horas:
Contando causo
Cantando rimas
Soltando verbos
...
Fico a contemplar a vida
Na ociosidade subversiva
...
Ganho asas de borboletas
E os verdes pés das lagartas
...
Sinto
...
Sinto
...
Quando essa rua é nossa
O céu também é
Não há trilhas, nem trilhos!
Há caminhos...
Não há trilhas, nem trilhos!
Há caminhos...
Pois a rua dele, dela, deles, delas
E nossa
E nossa
É a via láctea
Empoeirada de estrelas
Tapete encantado,
Mágico
Momento de
Silêncio
Que parece guardar a vida
Como se fosse o útero
Gerador de mundos
É a expressão que grita, clama, chora, sorri, emociona,
Explode, eclode, expande
...
Herança jamais perdida
Empoeirada de estrelas
Tapete encantado,
Mágico
Momento de
Silêncio
Que parece guardar a vida
Como se fosse o útero
Gerador de mundos
É a expressão que grita, clama, chora, sorri, emociona,
Explode, eclode, expande
...
Herança jamais perdida
MARIS FIGUEIREDO
[A] MAR
Espumando
Na areia o
Deleite
Em que,
Distraídas,
Deságuam
Naus
Nunca
Se satisfaz com
As aparentes harmonias
Da superfície
Das amizades nasce
Correndo rios
Em calmaria
Ganha forças
Nas profundas águas
Com sabor de sal
Até que um dia
Se afasta em ondas
Deixa som
Em conchas acústicas
Deixa
Deixa
Perfume de maresia
Deixa
Deixa
colares de algas marinhas
Presentes,
Como provas e testemunhas
MARIS FIGUEIREDO
segunda-feira, 4 de julho de 2011
DAS ILUSÕES
Quando sonhava, quando dormia estava mais acordada do que imaginava e era justamente ao despertar no corpo físico que sonhava, literalmente... Mergulhada na matéria, perdia parte da sensibilidade, da percepção do que estava a sua volta.
O tempo todo em que estava "acordada", vivia como se houvesse um véu sobre suas vistas turvas... E até mesmo a tristeza era menos intensa, assim como, qualquer alegria.
MARIS FIGUEIREDO
sábado, 2 de julho de 2011
ADEUS
OFERECEU ROSAS
PÚRPURAS
DAS MÃOS CÁLIDAS
VERTIA AROMA DE
FLORES
DISSE ADEUS
COMO AS ONDAS
E DEIXOU FRIAS
AS DOCES
ESPERANÇAS ESTÚPIDAS
Maris Figueiredo
segunda-feira, 27 de junho de 2011
DESAPONTAMENTO
Quero-te rio
De água doce e
Pura
Não sei...
Mas, uma vertigem
Beirando à ternura
Acompanha-me os passos
E um sorriso
Sem sentido contorna as pedras
Eis que o amor é tolo, se contenta com a
Contemplação apenas...
Passa os dias escutando a correnteza!
Não há nada que afogue de vez
Ou deixe submersa
A alegria descabida
Na minha superfície embriagada...
Só,
Minha sombra te mergulha...
Maris Figueiredo
TARDES
Gosto de
Sóis anoitecendo
E
Noites acordando de mansinho...
Noites acordando de mansinho...
Colorido azul entre outras cores
Tons amarelos e vermelhos,
Ardendo em
Riscos de raios que se despedem,
Sorrindo!
Doces rebeldias...
Sem pressa sentar no tapete da sala
Ou na rede da varanda,
Encantadas
Encantadas
Pelos sons, cheiros, vida e sabores
Cantarolar músicas,
Recontar histórias nas fotografias
Janelas da alma entreabertas...
De repente
A luz cessa
Bate suas asas...
Bate suas asas...
Fecham-se as cortinas
Adormeço à espera
De outras tardes
Na cena
Que finda
Maris Figueiredo
quinta-feira, 16 de junho de 2011
ARDE O MAR - ROSA CEDRÓN
ARDE EL MAR
Tiema luz de porcelana
tres estrellas en tu almohada
y la miel
y la miel de tu mirada
El misterio de tus manos
es aquel que el cielo extraña
y lo que el viento
lo que viento quiere ser
Nace un mundo cuando hablas
caen las hojas cuando callas
y en tus ojos vive un dios
La belleza está grabada
en tu espalda y en tus alas
Si caminas arde el mar... arde el mar
Llueve plata cálida
sobre el rio que bendices
y al lorar
crece un árbol de cristal
Cuelga el cielo de tus pies
y yo te enseñare a caer
se tu me invitas
tú me invitas a volar
Nace un mundo cuando hablas
caen las hojas cuando callas
y en tus ojos vive un dios
La belleza está grabada
en tu espalda y en tus alas
Si caminas arde el mar... arde el mar
Arde el mar, arde el mar...
"NASCE UM MUNDO
QUANDO FALAS
FOLHAS CAEM
QUANDO CALAS
NOS TEUS OLHOS VIVE UM DEUS
A BELEZA ESTÁ GRAVADA
EM TUAS COSTAS E EM TUAS ASAS
SE CAMINHAS
ARDE O MAR... ARDE O MAR"...
sexta-feira, 3 de junho de 2011
AFUNILAMENTO
VAZAM OS SONHOS
E TALVEZ, O BURACO
DA CAMADA DE OZÔNIO
NÃO SEJA MAIOR
DO QUE ESTA CRATERA
SINTO APERTO
NA ALMA
Maris Figueiredo
Das besteiras que escrevo, pouco se salva... Ou será que nada?
E TALVEZ, O BURACO
DA CAMADA DE OZÔNIO
NÃO SEJA MAIOR
DO QUE ESTA CRATERA
SINTO APERTO
NA ALMA
Maris Figueiredo
Das besteiras que escrevo, pouco se salva... Ou será que nada?
terça-feira, 24 de maio de 2011
TU, GITANA - LUAR NA LUBRE
Tu gitana que adivinhas
Me lo digas pues no lo se
Si saldré desta aventura
O si nela moriré
O si nela perco la vida
O si nela triunfare
Tu gitana que adivinhas
Me lo digas pues no lo se
OPTCHA, SARA!
OPTCHA!
sábado, 21 de maio de 2011
Pessoas
Fernando,
Quantas Pessoas te guardam?
Quantos Caeiros, Reis e Campos te revelam no anonimato
Entre tantos que ainda te esperam?
E ao ler teus eus
Que liricamente
Te falam
Fragmentado,
Me vejo assim
Nestes pedaços
Com a mesma estranheza de tantos,
Pois que tão contraditória sou quanto teus Fernandos
E tão complexa e simples quanto as Pessoas
Que tenho juntado...
Sutilmente me encontro
Na dureza do teu Álvaro cansado
...
...
Muitas vezes caminho
Nas linhas rígidas de Ricardo
Para a morte do descanso,
Posto que a eternidade,
Às vezes, parece
A condenação de estar sempre acordado
Paradoxalmente vagando
...
Paradoxalmente vagando
...
E deliro na sutileza de Alberto
Crítico, simples e direto
E ao mesmo tempo
Docemente encantado
...
...
Da leveza ao rigor
Explodo em versos
Tão contraditórios
E, talvez, Intrigantes.
Emoção tão
Exposta e velada
Onde não me encerro
Onde não me encerro
Vivo
Itinerância existencial
Tão conflitante
Nos próprios passos
Multiplicados
Me pergunto, Fernando:
Que amor à vida
Será esse que nos faz cômicos e
Tão delirantes?
Maris Figueiredo
Para Fernando Pessoa, Álvaro de Campos, Alberto Caeiro, Ricardo Reis e outros tantos
Para Fernando Pessoa, Álvaro de Campos, Alberto Caeiro, Ricardo Reis e outros tantos
O Amor é uma Companhia
Alberto Caeiro
O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.
Começo a conhcer-me. Não existo
Álvaro de Campos
Começo a conhecer-me. Não existo.
Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram,
ou metade desse intervalo, porque também há vida ...
Sou isso, enfim ...
Apague a luz, feche a porta e deixe de ter barulhos de chinelos no corredor.
Fique eu no quarto só com o grande sossego de mim mesmo.
É um universo barato.
Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram,
ou metade desse intervalo, porque também há vida ...
Sou isso, enfim ...
Apague a luz, feche a porta e deixe de ter barulhos de chinelos no corredor.
Fique eu no quarto só com o grande sossego de mim mesmo.
É um universo barato.
Anjos e Deuses
Ricardo Reis
Anjos ou deuses, sempre nós tivemos, A visão perturbada de que acima De nos e compelindo-nos Agem outras presenças. Como acima dos gados que há nos campos O nosso esforço, que eles não compreendem, Os coage e obriga E eles não nos percebem, Nossa vontade e o nosso pensamento São as mãos pelas quais outros nos guiam Para onde eles querem E nós não desejamos.
sexta-feira, 20 de maio de 2011
SENTIMENTO
De repente o silêncio...
E escuto tantos sons
Cifrados
Cordas do tempo
Descompassado
Liberto
Em vibrações
Não procuro
Sentido
Para o que berro
Mas no que nesse mundo
Barulhento,
Silencio
Maris Figueiredo
E escuto tantos sons
Cifrados
Cordas do tempo
Descompassado
Liberto
Em vibrações
Não procuro
Sentido
Para o que berro
Mas no que nesse mundo
Barulhento,
Silencio
Maris Figueiredo
domingo, 15 de maio de 2011
CANTO DE ANDAR - LUAR NA LUBRE
Amence paseniño nas terras do solpor
As brétemas esváense coas raiolas do sol
Meu amor, meu amor, imos cara o maior
Miña amada, meu ben, imos polas terras do alén
Acariña o silencio e escoita o corazón
Que moitos dos teus soños latexan ao seu son
É tempo de camiño andar e de non esquecer
Que o futuro que ha de vir é o que has de facer
E o sol vai silandeiro deitándose no mare
Facéndonos pequenos con tanta inmensidade
terça-feira, 10 de maio de 2011
SONHAR
Declaro
Silenciosamente
Entre nuvens e azuís
Como quem colhe
Rosas com todo cuidado
E entrego
Celestes olhares,
Sorrisos raros
...
Bastam as asas
E o espaço
Maris Figueiredo
Silenciosamente
Entre nuvens e azuís
Como quem colhe
Rosas com todo cuidado
E entrego
Celestes olhares,
Sorrisos raros
...
Bastam as asas
E o espaço
Maris Figueiredo
domingo, 10 de abril de 2011
ANGÚSTIA
Qual vulcão que
Cospe lavas frias
Colméia que
Transborda em amargos favos
Qual
Amor
Enfadonho
Que
Esvai
Por entre
A multidão
E é tão escuro
E é tão escuro
Mascarar
O abandono
E
Não saber
Dizer da dor que
Confronta
O medo
O medo
De
Transitar
Uma estrada
Sem sonhos que se
Despiu de toda fantasia
E
Não ter rosto
E
Perder o nome
Por entre a gente
Que se consome
Por fim
Por fim
É muita luz
Perceber-se
Que
Perceber-se
Que
Dói a vista
Maris Figueiredo
quarta-feira, 23 de março de 2011
Embotamento
Me dá um pouco
De ausência
Ou esquecimento misturado
No refrigerante
Daquela marca
Famosa...
Hoje, só dá pra terminar o dia assim:
Rindo de mim
Ou consumindo essas porcarias
Da TV aberta...
Maris Figueiredo
domingo, 20 de março de 2011
terça-feira, 8 de março de 2011
ENCANTAMENTO
À PRIMEIRA VISTA
ELE SE RESUMIA A
UM PAR DE OLHOS
E SEGREDO...
OS DOIS, ATÉ HOJE, ME CONFUNDEM...
Maris
sábado, 5 de março de 2011
AR COMPRIMIDO
Tenho
Misturado cores
Tentado novos tons, um
Colorido distante,
Um jeito estanque de
Estancar a ferida
Estancar a ferida
Desenhei na janela esfumaçada
Do teu ar comprimido,
Imprimindo-te
...
...
Livrando-me
As dores
Contidas
...
Desejo-te tanto
E tudo de um pouco que o efeito
Louco, ainda que tolo,
Tem sido
Tem sido
Evaporar
A vida
...
Maris
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
DROGA
Quero romantismo
Amor telenovela
Impróprio, rasgado,
Utópico
Sinto gosto de drops
E ouço
Baladas
Bregas
Desejo chocolate
E soluço entre choro e risos
Aflitos
És Entorpecente
Querido,
E se alguma vez
Foi
Inocente
Esse querer
Mal
Compreendido
Perdoa!
Que
Jaz
Em mim a vontade
Mas ainda ofereço
A outra face
Que te pede
Maris Figueiredo
Amor telenovela
Impróprio, rasgado,
Utópico
Sinto gosto de drops
E ouço
Baladas
Bregas
Desejo chocolate
E soluço entre choro e risos
Aflitos
És Entorpecente
Querido,
E se alguma vez
Foi
Inocente
Esse querer
Mal
Compreendido
Perdoa!
Que
Jaz
Em mim a vontade
Mas ainda ofereço
A outra face
Que te pede
Maris Figueiredo
Assinar:
Postagens (Atom)