quarta-feira, 14 de maio de 2008

Alma Mineira




Te espero Minas
Pra colorir o que falta
Desatei os nós dos sentidos
Ando descalça
Feito nuvem cigana
Em caminhos de pedra

Durmo acordada
Pra te reencontrar
Molhada de sereno
Quero o abrigo do teu abraço
Quero ver abrir todo céu agora
Pra me perder em ti

Das tuas montanhas
Sopra um vento
Que vem me inspirar
O sentimento
Puro
Feito riacho doce
Onde ser tem sido
Ternamente passar

Sigo voado
No pó da estrada de ferro
Ouvindo Milton, amando os Borges
De cais, clubes e esquinas

Do azul do trem que nos levava
Ficou a cor nos meu sonhos
Tudo que eu queria ser
Ainda resiste
Pelo prazer de sempre recomeçar

A você, Minas
Estrela que arde no meu peito
Brilho cego de paixão e fé
Escrevo essas linhas
Que seguirão rolando
Que nem canção de amor no firmamento
Com a rapidez da luz!


Do teu amor
Só espero
O tempo
Acordada de viver!

ɱαгЇS
(e outros mineiros rs)

sexta-feira, 2 de maio de 2008

(In)Verso Menino


Na língua tatuada

Em versos,

Umedecem

(mal)ditos estragos

Respingas ao ar

No papel que te trago

Absorvendo

Os (mal)feitos

Tingido



Mascara-se personagem

O (in)diferente

Que se faz ofendido

Envenena

Vaidade e orgulho

O (in)compreendido



Culpado é o destino?

Teu (des)tino...

Assopra aos

Ouvidos...

Jaz o inocente

Prejudicado...

Recebe absolvição

No lirismo

Ao condenar-se à loucura

Como prisão

Vagando no escárnio

Feito fera, condenado

Coração

Em desvario

Dilacerado


Em quantas celas

Permaneces

Esquecido?



Não se assume pela vida

O responsável

Fingindo-se

Nos versos, menino



Guerreia

Algoz dos próprios fardos

Sem se saber vencido

Por ausentar-se de si



E na noite

Que ronda

Quem poderá

Salvar-te?



O homem

Adormeceu

No inesperado



Se perdeu no

Breu do teu (in)finito...


ɱαгЇS