segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Diálogo com o Espelho

Por mais que a vida aconteça lá fora com uma aparente harmonia... aqui dentro se exalta a inquietação dessa alma... Loucamente sensível, em nós... embaraçada de tantos equívocos e esquecimentos.

Esqueci! Esqueci de ser feliz por própria conta e risco.

Risco? Correr riscos???

Sim, corri riscos, mas não arrisquei nada! Grande farsa essa história de ser eu...



ɱαгЇS

AMO

Eu amo!
Amo os pedaços do mundo
Em cacos que atiro
Ao fundo
Do meu mosaico
Incompreendido.


Eu amo!
Amo esse resto de festa
Que meus olhos espiam
Pela fresta,
Antecipando
O que estar por vir.

Eu amo!
Amo o desconexo!
O atrevimento criador!
O desequilíbrio da busca!


O desarrumado armário!
O simples e o complexo!
O meu templo quase sempre confuso!
O que me assusta!


O confronto!
O atrito!
Os vários pontos!


O que está atrás da porta!
O que virá ao abrir o livro!
O achado,
O perdido!

E
Me
Construo em som
Harmonioso, ora
Dissonante...

Me
encontro
Sem sentido, ora
Significante...

Entre as lacunas do meu pensamento
Comprometido
Com o caos
Com o refletir
O sentimento transita

Amo viver
ɱαгЇS