quinta-feira, 26 de julho de 2012

ANOITECER DOS SONHOS

quando os sonhos dormem
em falsos acalantos
embalados por desencantos
adormecem os dias mornos

quando os sonhos dormem
de buscar azuis em céus cinzentos
atravessam noite e dia, sonolentos
vivem sem abrir os olhos

quando os sonhos dormem
uma fria rede os balança
congelados, nada esperam

despetalam esquecidos da beleza
que os cercam


dormem também a magia,
as travessuras, os sorrisos, as emoções...
uma neve cobre a alma
de eterno inverno...

flores secam de repente
como orvalhos sem manhãs... 
as estações que ficam ausentes

Maris Figueiredo