Debruço-me sobre a janela
Observo ele, ela, eles, elas, nós
...
...
Passando para a lida
Sempre o mesmo cenário
Porém,
Quando essa rua
É minha, é nossa!
Eu sento
Na pedra do caminho
E converso com o poeta
Por horas:
Contando causo
Cantando rimas
Soltando verbos
Por horas:
Contando causo
Cantando rimas
Soltando verbos
...
Fico a contemplar a vida
Na ociosidade subversiva
...
Ganho asas de borboletas
E os verdes pés das lagartas
...
Sinto
...
Sinto
...
Quando essa rua é nossa
O céu também é
Não há trilhas, nem trilhos!
Há caminhos...
Não há trilhas, nem trilhos!
Há caminhos...
Pois a rua dele, dela, deles, delas
E nossa
E nossa
É a via láctea
Empoeirada de estrelas
Tapete encantado,
Mágico
Momento de
Silêncio
Que parece guardar a vida
Como se fosse o útero
Gerador de mundos
É a expressão que grita, clama, chora, sorri, emociona,
Explode, eclode, expande
...
Herança jamais perdida
Empoeirada de estrelas
Tapete encantado,
Mágico
Momento de
Silêncio
Que parece guardar a vida
Como se fosse o útero
Gerador de mundos
É a expressão que grita, clama, chora, sorri, emociona,
Explode, eclode, expande
...
Herança jamais perdida
MARIS FIGUEIREDO
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