terça-feira, 5 de julho de 2011

HERANÇA DA POESIA






Debruço-me sobre a janela
Observo  ele, ela, eles, elas, nós
...
Passando para a lida

Sempre o mesmo cenário

Porém,
Quando essa rua
É minha, é nossa!

Eu sento
Na pedra do caminho
E converso com o poeta
Por horas:

  Contando causo 
Cantando rimas
Soltando verbos


...

Fico a contemplar a vida
Na ociosidade subversiva

...

Ganho asas de borboletas
E os verdes pés das lagartas

...

Sinto

...
Quando essa rua é nossa
O céu também é


Não há trilhas, nem trilhos!
Há caminhos...

Pois a rua dele, dela, deles, delas
E nossa
É a via láctea
Empoeirada de estrelas


Tapete encantado,
Mágico


Momento de

Silêncio
Que parece guardar a vida
Como se fosse o útero
Gerador de mundos




É a expressão que grita, clama, chora, sorri, emociona,
Explode, eclode, expande


...



Herança jamais perdida


MARIS FIGUEIREDO

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