domingo, 28 de agosto de 2011

INSÔNIA







Há tanto tempo
Avisto o solo e

Não pouso 
Não repouso 

Pernoito
Vendo luzes se apagarem
Enquanto outras
Decolam



Sinto a
Textura das nuvens
Ouço
Sons ensurdecedores
De um silêncio 
 Raro...


Viajo
Entre
Altos e baixos 


Mas sempre
 Escuto música
Por onde passo
...

Maris Figueiredo







sábado, 27 de agosto de 2011

Sem Palavras





 Abriu o armário e
Guardou entre os livros,
As cartas, datas,  versos
...
Às vezes, não cabem no coração as
Promessas esquecidas e o
"Nós" atados pelo destino
... 
E num vaso
Depositou
As esperanças,
Pra que despertem junto às flores

MARIS FIGUEIREDO

sábado, 6 de agosto de 2011

NEVE

FAZ FRIO
E CHEGO A LUGARES
PERDIDOS

COMO SE BUSCASSE UMA
MEMÓRIA DISTANTE

CENA NOSTÁLGICA QUE GELA OS POROS
COLORINDO
DE AZUL ACINZENTADO
QUASE ESQUECIDO
UM TEMPLO GUARDADO
AQUECIDO DE SONHOS...


Maris Figueiredo