Qual vulcão que
Cospe lavas frias
Colméia que
Transborda em amargos favos
Qual
Amor
Enfadonho
Que
Esvai
Por entre
A multidão
E é tão escuro
E é tão escuro
Mascarar
O abandono
E
Não saber
Dizer da dor que
Confronta
O medo
O medo
De
Transitar
Uma estrada
Sem sonhos que se
Despiu de toda fantasia
E
Não ter rosto
E
Perder o nome
Por entre a gente
Que se consome
Por fim
Por fim
É muita luz
Perceber-se
Que
Perceber-se
Que
Dói a vista
Maris Figueiredo