quinta-feira, 13 de novembro de 2008

SONETO (COM)PROMETEDOR



prometo-lhe o calor de versos sonolentos
de meus opacos olhares esverdeados
(de meus olhos que na verdade, são cinzentos)
o calor de nossos lençóis amarrotados

prometo sussurrar versos desafinados
para buscar a eternidade dos momentos
para saciar nossos corações sedentos
de sonhos que não foram ainda acalentados

prometo não prometer o que está além
dessa doce infância desses meus sentimentos
que improvisados, virtualmente, se mantém...

prometo ser eternamente esse poeta
que traz nos olhos e nos braços, seus tormentos
e que do abrigo da poesia faz sua meta


.

Lucas de Oliveira

Nenhum comentário: