segunda-feira, 2 de junho de 2008

OUTONO



De tons

Sons

Cores

É feito você


Dos sabores

Nesse outono

Pra mim indefinível

Simplesmente, Ser


Traz

A agitação das águas

Que silenciosamente

Devassam a areia

Beijando

Sem esperar


Em contraponto


Guarda

Tom de voz que acalma

Uma beleza na aura

Mãos que abrasam

E brilho no olhar


Dissipa

As nuvens pesadas

Feito leve brisa

Que ternamente passa

Com uma luz

Vem clarear


E é na amplidão

Dos sentidos

Onde vive

O mistério dos indescritíveis

Que sua essência

Se faz revelar

...

Tremor

Em mansidão

Que o espaço

Invade


Som de cordas

Que a vida faz vibrar


Mostrou-se tão pleno

Como se fosse a própria verdade

Que mesmo que esse outono

Agora findasse


Ainda assim

Eu continuaria

A acreditar

ɱαгЇS

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