terça-feira, 28 de outubro de 2008

Estrada

Eis o amor...

O amor se foi de repente
Bateu a porta da frente
E jurou não mais voltar

Vive chorando no escuro
Esconde-se achando seguro
Com marejado olhar

Gritou as penas ao mundo
Lembranças espalhou
Nas calçadas

Sarcástico
Fez piada
Com a dor

Agora

Fingi andar distraído
Como se fosse natural
Viver sem sentido
Velando esperanças
Enterrando as crenças perdidas
Desfalecendo feito estátua de sal

Eis que o amor
Se foi...

Sequer fez a mala
Diz não precisar
De mais nada

Ganhou a estrada...


ɱαгЇS

2 comentários:

Malu disse...

Que forte, tão explícito! Lindo teu versejar! Não chega a ser triste nem melancólico, parece uma constatação bruta de uma partida inevitável... Gostei demais, Maris! Bjins!

Maris Figueiredo disse...

Oi Malu
obrigada pela leitura

bjs