sexta-feira, 2 de maio de 2008

(In)Verso Menino


Na língua tatuada

Em versos,

Umedecem

(mal)ditos estragos

Respingas ao ar

No papel que te trago

Absorvendo

Os (mal)feitos

Tingido



Mascara-se personagem

O (in)diferente

Que se faz ofendido

Envenena

Vaidade e orgulho

O (in)compreendido



Culpado é o destino?

Teu (des)tino...

Assopra aos

Ouvidos...

Jaz o inocente

Prejudicado...

Recebe absolvição

No lirismo

Ao condenar-se à loucura

Como prisão

Vagando no escárnio

Feito fera, condenado

Coração

Em desvario

Dilacerado


Em quantas celas

Permaneces

Esquecido?



Não se assume pela vida

O responsável

Fingindo-se

Nos versos, menino



Guerreia

Algoz dos próprios fardos

Sem se saber vencido

Por ausentar-se de si



E na noite

Que ronda

Quem poderá

Salvar-te?



O homem

Adormeceu

No inesperado



Se perdeu no

Breu do teu (in)finito...


ɱαгЇS


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